Quem segura a gente quando a vida transborda?
- espacostim

- 2 de jul.
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Esses dias, com mais um momento de apreensão em torno do Lago Guaíba, em Porto Alegre, me peguei pensando no quanto ele é também uma metáfora. As águas que saem do leito me lembram das vezes em que as emoções ultrapassam nossos limites internos.
Pensei, de imediato, que a família costuma ser nosso primeiro abrigo. Depois vêm os amigos. Mas e quando não temos essa rede? E quando o transbordamento é silencioso e ninguém percebe?
Nem falo só de dores, perdas ou dificuldades. Às vezes transbordamos de alegria, de conquistas, de vitórias que também merecem acolhimento. Porque celebrar junto é tão essencial quanto amparar na dor.
O ambiente de trabalho, nesse sentido, precisa ser um espaço seguro. A Norma Regulamentadora No. 1 (NR1) nos lembra disso ao propor um olhar integral para a saúde física e mental. Mentores, líderes e colegas são parte desse processo de acolher – especialmente quando o que transborda são dúvidas, viradas de rota, sonhos engavetados.
Autoconhecimento é um exercício contínuo. Compartilhar nossos desejos e inquietações também. Só assim conseguimos construir uma caminhada com mais equilíbrio e propósito.
Fico pensando: e se a gente criasse mais espaços onde fosse possível transbordar sem medo?






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