Quando a tela afasta do espelho
- espacostim

- 15 de set.
- 1 min de leitura
Quanto mais eu me olho no espelho, mais me afasto da tela. Essa metáfora traduz o movimento que precisamos cultivar quando falamos de autoconhecimento.
A dependência digital nos prende de muitas formas. O corpo sente: insônia, visão cansada. A mente também: ansiedade, isolamento, tristeza. Às vezes, sem perceber, passamos a viver mais no reflexo da vida dos outros do que na nossa.
Olhar para fora pode até trazer alívio em um primeiro momento, mas se ficamos apenas nesse lugar acabamos nos anestesiando. Damos conselhos que não praticamos. Reconhecemos dilemas que não enfrentamos. E enquanto isso, a vida vai passando… e a tela continua rolando.
Não se trata de cortar um mundo para viver o outro. Mas de perceber que só temos poder real sobre aquilo que transformamos em nós mesmos. A mudança que buscamos fora começa no silêncio do lado de dentro.
E você, quando foi a última vez que se olhou de verdade no espelho sem a tela como distração?






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