Você tem dado espaço para o silêncio e o sono?

Silêncio e sono. Já parou para pensar no que essas palavras realmente significam para você?

Em geral, falamos delas como ausência: de ruído, de consciência, de estímulo. Mas, em tempos tão barulhentos — por fora e por dentro — essas ausências têm se tornado raridades. E, justamente por isso, cada vez mais pessoas estão buscando o turismo do silêncio, o refúgio do sono profundo. Como se voltássemos a aprender algo que a vida moderna tentou apagar.

Gosto de pensar no silêncio como as pausas na música. São elas que dão sentido ao que vem depois. É no intervalo entre os sons que percebemos a melodia da vida.

No último fim de semana, fui ao Festival Internacional de Folclore, em Nova Petrópolis. À tarde, luzes, sons, ritmos — uma explosão de estímulos. À noite, o recolhimento. Um lugar calmo, aconchegante, quase como um abraço silencioso. E percebi o quanto precisamos dos dois momentos. Estímulo e pausa. Movimento e repouso.

Nem sempre é simples. Em hotéis, por exemplo, tem quem acorde cedo e quem só deseje um pouco mais de descanso. Cada um com seu tempo, seu ritmo, sua busca.

O que importa mesmo é perceber: para nos conhecermos de verdade, precisamos equilibrar o que vem de fora com o que pedimos por dentro. O corpo e a mente pedem pausas. O silêncio e o sono não são luxo. São necessidade.

E você? Que espaço tem criado para o silêncio e o sono na sua vida?