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A criança que fomos ainda vive em nós?

  • Foto do escritor: espacostim
    espacostim
  • 13 de out.
  • 1 min de leitura

Ontem foi o dia de celebrar as crianças. E me peguei pensando: o que aconteceu com a criança que eu fui um dia? Será que ela desapareceu, ou apenas foi sufocada pelas regras, pelos padrões, pela pressa e pela cobrança de ser “adulto”?

Às vezes ela até reaparece — num momento em família, num riso com amigos — e logo vem aquele olhar de reprovação, como se houvesse hora e lugar para ser leve. No trabalho então, essa criança raramente tem vez. Ali, parece que precisamos silenciar tudo o que é espontâneo, porque trabalho é coisa séria, e rir ou brincar é quase um erro.

Foi lembrando disso que me vieram duas frases que me marcaram. Charles Watson dizia que “as crianças não são criativas, elas são espontâneas”. Já Maria Montessori lembrava que “brincar é o trabalho da criança”.

E aí me pergunto: o que acontece quando um facilitador propõe algo lúdico em um treinamento? Muitas vezes, a reação é de desconfiança. Afinal, o lúdico lembra a brincadeira, e brincar é coisa de criança — e criança é espontânea, imprevisível, curiosa.

Mas como esperar que um adulto seja criativo e inovador se ele não pode ser espontâneo no ambiente de trabalho?

Um primeiro passo para inovar é justamente esse: permitir-se brincar de novo. Reconhecer que a curiosidade e a leveza que nos moviam na infância continuam dentro de nós, esperando uma chance para respirar.

Fica o convite: quando foi a última vez que você deixou sua criança interior participar do seu trabalho?


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