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O tempo não usa relógio

  • Foto do escritor: espacostim
    espacostim
  • 11 de abr.
  • 1 min de leitura

O tempo não anda, meu amigo.

Ele escapa.

Passa por nós com cara de vento,

Sussurrando segredos

Que só os distraídos escutam.

A vida…

Ah, essa teimosa contadora de histórias,

Começa no choro,

Dorme em berço de promessas

E acorda no susto da realidade.

Quando jovens,

Queremos pressa.

Corremos atrás do futuro

Como quem caça borboleta com rede furada.

Depois, adultos,

Gastamos a vida inteira

Tentando comprar o tempo que doamos de graça.

E só percebemos isso

Quando o espelho resolve ser honesto.

A velhice, que muitos dizem,

Traz sabedoria,

Também traz o senso de humor ácido

E uma saudade que não se desculpa.

O tempo, esse velho canalha,

Finge ser nosso aliado,

Mas rouba os nomes dos nossos amigos,

As datas dos aniversários

E a leveza de andar descalço na calçada.

E, mesmo assim,

A vida ainda é um espetáculo raro.

Porque entre um tropeço e outro,

A gente ama, sorri, abraça

Escreve cartas que nunca envia

E vive — mesmo sem saber muito bem como.

Sim, viver é raro.

Poucos têm coragem.

A maioria só existe,

Como relógio parado numa parede branca,

Marcando horas que ninguém mais vê.

ree

O tempo não espera. E a vida, apesar dos tropeços, ainda é esse raro espetáculo. Esse é um poema criado e escrito por José Luiz Ricchetti, um texto enviado pelo meu querido amigo Alex Rocha.

E você, em que fase da vida está e como está lidando com o tempo?

Grata pela atenção! 🌿

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