O poder do jogo na transformação
- espacostim

- 10 de set.
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Ao longo da minha trajetória na Educação Física, já me vi muitas vezes diante da mesma pergunta: será que o que fazemos é realmente sério? Será que tem valor?
O curioso é que essa dúvida não vem apenas de fora, mas também se insinua em nós quando escolhemos metodologias que fogem do convencional. A sociedade, muitas vezes, desconhece a fundamentação teórica e científica que sustenta nossas práticas. E, no entanto, o repertório que temos em mãos é vasto.
Quando usamos metodologias ativas, deixamos de ser apenas professores ou gestores para assumir o papel de facilitadores. E toda facilitação, em alguma medida, é um jogo.
O historiador e linguista holandês Johan Huizinga, em seu livro Homo Ludens, nos lembra que o jogo está na origem do pensamento humano e que a cultura nasce dele. Mas o mundo corporativo, em especial, parece ter esquecido disso. A seriedade excessiva afastou o lúdico, como se brincar fosse incompatível com resultados.
E é justamente aí que surge a tensão: será que vai dar certo? A incerteza é parte do processo, mas os resultados sempre vêm. E o mais fascinante é que eles não vêm prontos, mas se revelam no próprio grupo, que aprende, reflete e encontra as bases para transformar sua realidade.
E eu fico pensando: se o jogo é tão essencial para a cultura e para a vida, por que ainda resistimos tanto a ele?






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