O que aprendi com mulheres extraordinárias?

No Dia Internacional da Mulher, celebramos as conquistas femininas ao longo dos séculos. A minha principal referência feminina na vida é minha mãe, Dorothi. 

Segundo a psicanálise de Winnicott, uma "mãe suficientemente boa" é aquela que oferece proteção, nutrição e aprendizado ao bebê, cuidando, sem superproteger; acolhendo, sem sufocar. E, acima de tudo, sendo humana, não perfeita.

Sempre que digo que sou a filha caçula, ouço que devo ter sido mimada. Mas a verdade é que fui, sim, muito amada! Esse amor me deu coragem para sair de casa aos 17 anos e dividir a vida com outras meninas que sonhavam em estudar, construir uma carreira e conquistar sua independência.

Nessa jornada, por meio dos livros, descobri muitas outras mulheres que se tornaram referências para mim. Simone de Beauvoir, claro, está entre elas. Mas também há mulheres como Dona Maria, lá no interior do Brasil, que faz a melhor galinha ao molho pardo que já provei e me inspira pelo carinho e dedicação com que entrega seu melhor ao mundo.

E o meu melhor? É caminhar ao lado de quem também busca o seu. É apoiar o autoconhecimento e o crescimento daqueles que desejam se tornar sua melhor versão — assim como fez minha "mãe suficientemente boa".

Grata pela atenção!

Sônia Beatriz da Silva Gomes