O que a leitura ainda nos ensina

A foto de hoje é um convite para celebrar o retorno das livrarias físicas e, com elas, a chance de desacelerar na companhia dos livros.

A minha relação com a leitura começou cedo. Meus pais e minha tia Erica tiveram um papel essencial na construção desse hábito. Foram eles que, sem perceber, abriram as portas de um mundo que se tornou abrigo, espelho e provocação.

Ler sempre foi mais do que aprender. Foi sentir, imaginar, questionar. Cada história me ofereceu uma nova lente para enxergar a vida. Lembro de quando li Noite, de Érico Veríssimo, e nunca mais caminhei por Porto Alegre do mesmo jeito. Passei a observar a cidade como quem descobre segredos na penumbra. E, claro, foi ali que encontrei pela primeira vez a palavra “homúnculo”, uma daquelas que ficam ecoando, pedindo espaço no vocabulário e na memória.

Gosto quando um livro me faz buscar o dicionário. É um lembrete de que ainda há muito a descobrir. Em tempos em que somos bombardeados por estímulos visuais, a leitura é quase uma pausa respiratória: um intervalo em que cada palavra pode ser saboreada, sem pressa.

E você, quando foi a última vez que deixou um livro mudar o seu ritmo?